A Justiça Federal no Amazonas atendeu ao pedido do Ministério Público Federal no Amazonas e suspendeu em caráter liminar a licença prévia do linhão de Tucuruí, linha que ligará Manaus e a última capital de estado que não está integrada ao SIN, Boa Vista em Roraima. A suspensão deverá durar até que seja realizada consulta prévia ao povo indígena Waimiri Atroari, nos moldes da convenção no. 169 da Organização Internacional do Trabalho, já que o projeto prevê a instalação de centenas de torres dentro da terra indígena e a convenção determina que é obrigatório a consulta aos povos interessados quando houver medidas legislativas ou administrativas suscetíveis de afetá-los diretamente.

Essa é mais uma ação civil pública que impede o andamento da obra. Em 2013 já foi ajuizada uma outra ação contra a Eletrobras e outros agentes na qual se pediu a anulação do edital de licitação dessa linha. Agora os alvos do MPF são a licença prévia que naquela época sequer havia sido concedida e a exigência dessa consulta prévia. Segundo a ação do MPF, em documento enviado ao Ibama em novembro do ano passado, a presidência da Funai alerta que haveria graves danos causados ao povo indígena em questão.