A AES Corporation reportou nesta quarta-feira, 24 de fevereiro, um lucro líquido atribuível de US$ 306 milhões, esse montante representa uma redução de 60,2% quando comparado aos US$ 769 milhões de 2014. A receita total da empresa no ano foi de US$ 14,963 bilhões ante os US$ 17,146 bilhões do ano anterior. A margem operacional da companhia ficou em US$ 2,866 bilhões, redução de 7,18% ante 2014. Em relação ao último trimestre do ano, a AES reportou prejuízo de US$ 85 milhões ante os ganhos de US$ 206 milhões no mesmo período de 2014.

Citaram no comunicado o impacto sobre os resultados da empresa em função da desvalorização de moedas estrangeiras na América Latina e na Europa. E ainda, os preços mais baixos das commodities assim como a demanda por energia em queda aqui no país. De acordo com a AES Corporation, estes impactos negativos foram parcialmente compensados por uma redução de 6% no número de ações da companhia, menor despesa com juros, melhoria nas condições hidrológicas no Panamá e a entrada em operação de novas usinas como a de Mong Duong no Vietnã.
“Estamos desapontados com as condições macroeconômicas adversas, especificamente a queda nas moedas estrangeiras e commodities e a recessão no Brasil continuam a impactar em nossas perspectivas financeiras”, disse o vice presidente executivo e CFO da AES, Tom O’Flynn. Contudo, disse ele, a empresa vem tomando medidas como um programa de três anos de redução de custos e aumento da receita, com o qual a companhia espera obter um benefício anual de US$ 150 milhões.
Quanto ao Brasil, destacou a AES foram registradas margens mais baixas, menor demanda de energia e a desvalorização de 29% do real ante o dólar. Além disso, destacaram as altas despesas com juros bem como as aquisições de energia. Essas margens mais baixas foram reportadas também em outras regiões como México, América Central e Caribe (MCAC), Europa e até nos Estados Unidos. Enquanto isso nos Andes e na Ásia estão as maiores margens.
A empresa reviu seu guidance para o ano de 2016. Depois de um lucro por ação de US$ 1,22 em 2015 a nova projeção é de ganho na faixa entre US$ 0,95 e 1,05 por ação. A previsão anterior era de lucro entre US$ 1,05 e US$ 1,15 por ação da empresa.