A dinamarquesa Ramboll Environ que possui um foco em diversos segmentos no mercado ambiental no Brasil começou a atuar entre outros mercados, no desenvolvimento de projetos eólicos por aqui. A companhia já tem atuado no segmento de geração por meio de biogás e agora quer ampliar seu escopo de atuação. Mesmo depois da fonte se consolidar no país a empresa destaca que sua visão é de longo prazo e que ainda há muito potencial de crescimento neste que é o terceiro mercado eólico mais atrativo no mundo.
Globalmente a empresa atua neste segmento há mais de 30 anos e contabiliza sua participação em cerca de 65% dos projetos de geração eólica já realizados no mundo, contando parques onshore e offshore. Para o diretor geral da Ramboll Environ Brasil, Eugênio Singer, chegar ao país apenas quase 10 anos após a introdução da fonte por aqui não é visto como uma barreira ao crescimento da companhia, que é controlada pela Fundação Ramboll em seu país de origem.
“Ainda há muito espaço para o desenvolvimento desse mercado no Brasil. Áreas como a performance de parques, melhoria de fator de capacidade, torres, monitoramento, otimização de processos, localizações dos empreendimentos, modelagem, simulações, redução de custos… ainda há muito mercado no Brasil”, indicou o executivo que citou a chegada da Vestas ao Ceará como um exemplo de que o país atrai novos investimentos na expansão da cadeia produtiva.
Outro destaque que Singer dá é o fato de a empresa ter uma visão de mais longo prazo. Ele lembra que a Ramboll Environ já está estabelecida por aqui com serviços voltados à área ambiental e até geração de energia com biogás. E que, além disso, possui contatos com empresas de energia já tradicionais no mercado nacional. Ele reconhece que o atual momento do país não é de atratividade em função da conjuntura econômica e política mas que crises são cíclicas como a visão da companhia não é a mesma de um fundo de private equity, por exemplo, que visa resultados de mais curto prazo, possui plena capacidade para se estabelecer de forma sólida no país.
Atualmente, a companhia está estruturando a sua equipe de profissionais no país. A meta é a de oferecer consultoria e serviços de gestão de engenharia para empresas e instituições. Os serviços oferecidos vão desde estudos de viabilidade até a entrega de parques eólicos integrados ao sistema.
Singer argumenta ainda que o país tem potencial para continuar aumentando sua capacidade instalada na fonte eólica de forma ampla ainda mais pelas características do vento que é constante e sem grandes rajadas Além disso, comentou, há um potencial futuro até mesmo para parques offshore, mas que apesar de pesquisas sendo realizadas ainda não apresentam competitividade por aqui. Outro mercado no qual a Ramboll Environ poderá embarcar é o de projetos solares fotovoltaicos que está começando agora no país e que, segundo ele, deverá deslanchar daqui a pelo menos três anos.