O rating de diversas empresas do setor elétrico foi impactado devido ao rebaixamento da nota de crédito do Brasil de longo prazo pela Standard & Poor’s, anunciado na última quarta-feira, 17 de fevereiro, de ‘BBB-‘ para ‘BB’, com perspectiva negativa. Segundo a agência de risco, o aperto nas condições de crédito do país pressionam os ratings de grande parte das empresas domésticas. As empresas foram agregadas em quatro grupos, de acordo com o grau que apresentam de isolamento da economia brasileira e com seus próprios perfis de crédito.
Quase todas as empresas de energia elétrica entram no grupo que teve seus ratings na escala global rebaixados para ‘BB’, igual ao rating do país. Algumas das empresas já eram ‘BB’ e tiveram as perspectivas de seus ratings revisadas para negativa. Além disso, foram rebaixados a maioria dos ratings na escala Nacional Brasil para o novo nível do sobernao, que é ‘brAA-‘, com perspectiva negativa. As elétricas que estão neste grupo são a Ampla Energia e Serviços; Bandeirante Energia; Escelsa; Coelba; Celpe; Cosern; Coelce; CPFL Paulista; CPFL Piratininga; CPFL Energia; Elektro; AES Eletropaulo; Energisa; Energisa Paraíba; Energisa Sergipe; Itapebi Geração de Energia; Neoenergia; RGE; Termopernambuco; e Taesa.
A Eletrobras e a Petrobras estão em um grupo diferente, de entidades vinculadas ao governo. Essas empresas, para a S&P, poderiam ter suporte do governo em caso de risco de não-pagamento. Os ratings da Eletrobras na escala global foram rebaixados para ‘BB’, com perspectiva negativa, e o rating de curto prazo na Escala Nacional Brasil, de ‘brA-1+’ para ‘brA-1’. Já o rating na escala global da Petrobras foi rebaixado de ‘BB’ para ‘B+’ e na Escala Nacional de ‘brA+’ para ‘brBBB-‘. A perspectiva de ambos permanece negativa.