A Coelce está preocupada com o aumento das perdas e a queda no índice de arrecadação. Segundo Abel Rochinha, presidente da companhia, no ano passado foram investidos R$ 36 milhões no combate às perdas, mas mesmo assim o índice subiu 1,01 pontos percentuais, passando de 12,72% em 2014 para 13,73% em 2015. A inadimplência na distribuidora também aumentou. O Índice de Arrecadação caiu 0,22 pontos percentuais, passando de 98,39% em 2014 para 98,17% em 2015. Em 2013, o índice estava em 100,46%, o que significa que a empresa ainda estava recuperando débitos passados.

"O aumento das perdas e a diminuição da arrecadação é uma preocupação. Um plano de ação já foi colocado em prática. Temos aumentado em muito o número de cortes. O furto de energia também tem se elevado, efeito da crise na situação financeira de nossos clientes. Além disso, alguns clientes que tem a energia cortada vão para a clandestinidade", comentou Rochinha durante teleconferência para divulgação dos resultados da companhia, que aconteceu nesta quarta-feira, 17 de fevereiro.

O DEC e o FEC da distribuidora também aumentaram, apesar dos investimentos realizados que somaram R$ 65 milhões nos últimos 12 meses. O DEC da Coelce subiu 31,7%, chegando a 12,26 horas no ano passado, ante 9,31 horas em 2014. Segundo Rochinha, problemas na rede básica e da Chesf contribuíram para o aumento em 2,01 horas. "O restante é devido a operação da companhia", ressaltou.

Já o FEC cresceu 46,1%, passando de 4,66 vezes em 2014 para 6,81 vezes no fim do ano passado. Mesmo assim, os índices continuam dentro das metas estipuladas pela Agência Nacional de Energia Elétrica, de 12,51 horas para o DEC e de 9,38 vezes para o FEC. Rochinha mostrou ainda que os investimentos totais na empresa nos últimos 12 meses findos em dezembro apresentaram um crescimento de 55,3%, alcançando R$ 426,667 milhões.