Em 2015 os consumidores pagaram R$ 14.712.655.064,98 pela geração térmica por meio das bandeiras tarifárias. Esse valor foi R$ 1.078.289.212,01 a mais do que o custo real coberto pelas bandeiras que somou R$ 13.634.365.852,97 no ano passado. Essa diferença, informou a Agência Nacional de Energia Elétrica, será devolvida aos consumidores por meio dos processos de reajuste tarifário de cada distribuidora.

Segundo a agência reguladora, a conta das bandeiras tarifárias apresentou déficit acumulado ao longo de 2015 até o mês de agosto. Desde então, a conta apresentou saldo positivo. Nos três primeiros meses do ano e em junho, o custo apurado com a geração térmica foi insuficiente para cobrir os gastos com a energia gerada, situação que se reverteu em abril e maio e julho até chegar ao campo positivo.
Desde que entrou em vigor o sistema de bandeiras, em 2015, prevaleceu a vermelha. Daqui a cerca de 15 dias a sinalização amarela passa a vigorar com o desligamento de mais sete usinas térmicas cujo CVU está acima de R$ 420/MWh. Inclusive, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou na semana passada que há a possibilidade de ser acionada a bandeira verde já em abril. Ao se confirmar esse fato será a primeira vez que não será cobrada a energia térmica desde a implantação do sistema.