O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo de janeiro apresentou um aumento de 1,27%, ficando 0,31 ponto percentual acima da taxa de 0,96% registrada em dezembro. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, essa é a taxa mensal mais alta para o mês de janeiro desde 2003, quando atingiu 2,25%. Com isso, a taxa dos últimos 12 meses ficou em 10,71%, acima dos 10,67% dos 12 meses imediatamente anteriores, constituindo-se no resultado mais elevado desde novembro de 2003. Em janeiro de 2015, a taxa foi de 1,24%.

Na energia elétrica, a alta foi de 1,61% por influência de aumentos ocorridos nos impostos, especialmente nas contas da região metropolitana de Porto Alegre, que ficaram mais caras em 8,7%, com pressão do PIS/COFINS e ICMS. Ademais, nas regiões metropolitanas de São Paulo, onde as contas aumentaram 1,36%, Brasília, com 1,25%, e Curitiba, com 0,40%, os resultados incorporaram reajustes ocorridos na parcela destinada à Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública: 73%, 11% e 18%, respectivamente.

Alimentação e Bebidas, com alta de 2,28%, e Transportes, com 1,77%, grupos de maior peso na despesa das famílias, foram responsáveis pela maior parte do resultado do IPCA do mês. Juntos, os alimentos, contribuindo com 0,57 p.p. e os transportes, com 0,33 p.p., tiveram contribuição de 0,90 p.p., detendo 71% do índice.