A Coelce (CE), distribuidora controlada pela Enel, apresentou um lucro líquido em 2015 de R$ 363,070 milhões, aumento de 44,3% ante o apurado pela empresa no ano de 2014. No ano, a empresa reportou venda de energia 1,2% acima do que em 2014. A receita bruta avançou 36,1% enquanto a líquida 14,2%. O resultado Ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 6,7% para R$ 648,788 milhões e a margem Ebitda recuou 3,52 pontos porcentuais, para 15,71%.
O aumento da receita bruta foi atribuído aos dois reajustes tarifários para o mercado cativo da empresa, o RTE e o anual, que ficaram em 10,3% e 11,69% em média. Além disso, houve realocamento de consumidores que deixaram a classe de consumidor de baixa renda, reduzindo o subsídio. E ainda, a redução de R$ 288 milhões a recebe na parcela A e outros itens financeiros.
Os custos com serviços e despesas operacionais aumentaram 16,7% sendo que os custos gerenciáveis avançaram 14,6% e os gerenciáveis, 21,9%. O destaque nesse segmento ficou para as provisões para créditos de liquidação duvidosa e para contingências. A primeira passou de R$ 3,401 milhões para R$ 29,465 milhões, enquanto a segunda de R$ 5,957 milhões para R$ 18,521 milhões. A linha do balanço Energia Elétrica Comprada para Revenda apresenta um aumento de 10,1%, passou de R$ 2,103 bilhões para R$ 2,315 bilhões.
Os indicadores de qualidade da empresa DEC e FEC encerraram o ano em um patamar mais elevado do que no mesmo período do ano anterior.O DEC ficou em 12,26 horas contra 9,31 horas de 2014, ainda assim, destacou a empresa abaixo das 12,51 horas de limite estabelecidas pela Aneel. Já o FEC foi de 6,81 vezes contra as 4,66 vezes de 2014 e também abaixo do limite de 9,38 vezes.
O numero de consumidores totais da Coelce no ano de 2015 aumentou 3,7% e alcançou 3.757.580 unidades. Já o número de funcionários próprios recuou 2,2%. Os investimentos da concessionária somaram R$ 426,6 milhões, um aumento de 55% ante o aplicado em 2014. A maior parte desses recursos foi direcionada para a conexão de novos clientes, à melhoria da qualidade e ao combate aos furtos de energia.
As vendas de energia per capita no mercado cativo aumentaram 1,9% na soma de 2015 ante 2014. Já o mercado livres apresentou queda de 4%. O residencial convencional apresentou alta de 16,9% enquanto o de baixa renda caiu 26% no ano. A demanda industrial do ACR permaneceu quase estável com um leve aumento de 0,2% já o segmento comercial apresentou crescimento na demanda de 4,3%.Já o consumo do ACL apresentou queda de 4,5% para o segmento industrial e aumento de 2,9% para o comercial.
Na base trimestral houve queda do lucro em 2015 ante os últimos três meses de 2014, 69,4% a menos. O volume de energia vendida recuou 1%. A receita bruta aumentou 5,2% enquanto a liquida recuou 18,1%.
As vendas per capita ao ACR aumentaram 0,2% e ao ACL recuaram 11%, nesse quesito o desempenho foi puxado pela indústria que apresentou retração de 11,7% enquanto o comércio no ACL apresentou demanda 3,7% menor. Por sua vez no mercado cativo o segmento residencial de baixa renda recuou, conforme explicado pela realocação desses consumidores, 21,3% no trimestre. A demanda residencial convencional aumentou 9,7%, a industrial caiu 2,9% e o comercial aumentou 0,4%.