A Abengoa Bioenergia Brasil, que controla as Usinas São Luiz e São João, localizadas respectivamente em Pirassununga e São João da Boa Vista, já iniciou os pagamentos junto aos seus parceiros dentro do cronograma de reestruturação financeira traçado pela empresa no mês passado. Além de antecipar a quitação parcial das dívidas, inicialmente programado para o dia 15 de fevereiro, a Abengoa dentro do compromisso assumido, já está pagando a primeira parcela de todos os fornecedores independentemente do valor de cada credor.
 
“Após assumirmos compromissos com vários setores preocupados com nossos problemas, entendemos que antecipar esse pagamento em 10 dias mostra a todos que o principal objetivo neste momento é dar ainda mais credibilidade ao processo de reestruturação financeira que traçamos ao longo do mês de janeiro”, afirma o diretor Rogério Ribeiro Abreu dos Santos. De acordo com Abreu dos Santos, a Abengoa está depositando para cada parceiro o valor acordado até sexta-feira, 5 de fevereiro.
   
Ao mesmo tempo que elogia o comportamento das entidades que sentaram com a Abengoa Bioenergia Brasil para colaborar nesse cronograma de reestruturação financeira, Abreu dos Santos também aproveita para ressaltar, mais uma vez, que a empresa não entrou em processo de Recuperação Judicial. “Volto a afirmar que não entramos e nem pretendemos entrar em Recuperação Judicial. Estamos focados em ações que aumentem nosso fluxo de caixa e em cumprir com os compromissos assumidos e com nossas responsabilidades, continuando com a operação e manutenção das usinas”, finaliza o diretor.
 
No dia 29 de janeiro, três subsidiárias da Abengoa no Brasil entraram com pedido de recuperação judicial junto ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. São elas: Abengoa Concessões Brasil Holding, Abengoa Construção Brasil e Abengoa Greenfield Brasil Holding. Desde dezembro, quando a matriz da Abengoa na Espanha entrou em recuperação judicial, todos os projetos no Brasil estão paralisados. A Abengoa é responsável pela construção de quatro sistemas associadas ao escoamento da energia da hidrelétrica de Belo Monte, entre outras obras importantes para o setor de transmissão brasileiro.