O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse nesta quarta-feira, 3 de fevereiro, que o governo não quer litígio com a Abengoa no caso das concessões que a empresa detém e que estão paradas. A companhia espanhola oficializou o pedido de recuperação judicial e está com as obras paralisadas pelo país, entre elas está uma linha de transmissão de 500 kV que poderá causar restrição para a operação da UHE Belo Monte (PA, 11.233 MW).

Na parte da manhã o ministro teve uma reunião com o diretor presidente da Abengoa, Luis Solaro Mascari. Braga disse que a empresa tem até o dia 15 deste mês para se manifestar junto ao MME e que passará a ter uma negociação junto à Aneel para solucionar essa questão. “Queremos uma solução de curtíssimo prazo para que as obras sejam retomadas o mais rápido possível”, apontou o ministro.
Entre as opções, o governo busca colocar no circuito de negociações outros investidores no mercado em conversas que também envolvem a EPE. Segundo Braga, há interesse no mercado sobre essas concessões da Abengoa e que o governo entende que é melhor ter uma solução negociada ao invés de se recorrer à Justiça. A perspectiva com esse prazo dado à empresa é de ter uma solução no dia 16 de fevereiro.