Após o temporal que arrasou diversos bairros de Porto Alegre, as equipes da CEEE-D (RS) mantêm o ritmo de trabalho para restabelecer os 36 mil clientes que ainda estão sem energia. Desse total, 20 mil se concentram em Porto Alegre e 14,5 mil estão sem luz desde o temporal da última sexta-feira, 29 de janeiro. Num primeiro momento, 450 mil unidades consumidoras tiveram o fornecimento suspenso. O principal desafio para a reconstrução das redes é a remoção das árvores, que além de arrebentar os fios de energia, obstruem o trânsito e impedem as equipes de acessarem os locais em que são registradas interrupções no fornecimento.

Além de galhos e árvores que caíram sobre a rede elétrica, objetos metálicos, placas e telhas também foram arremessadas pelo vento contra os cabos e equipamentos da CEEE. A Subestação Porto Alegre 4, teve equipamentos danificados por esse motivo e ficou fora de operação até que fosse reparada. Já a Subestação Porto Alegre 5 teve um cabo de cobertura rompido, também ficando sem operar.

A violência do evento climático rompeu ainda cabos de fibra ótica do provedor de dados da companhia, interrompendo o serviço de informação de falta de luz por torpedo até as 17 horas de sábado, 30. Equipes da empresa responsável pelo provedor e da área de telecomunicações da CEEE trabalharam por 17 horas para solucionar o dano e restabelecer este formato de contato com a Empresa. Em menos de dez km/h. minutos, mais de 700 mensagens foram registradas.

O temporal foi classificado pelo Sistema Ceic-Metroclima da prefeitura de Porto Alegre como “super célula de tempestade muito intensa”, com danos equivalentes aos de um furacão de Categoria 1. O motivo desta interpretação dos danos é o fato de que os ventos alcançaram praticamente 120 km/h e duraram em torno de 1 hora. O Corpo de Bombeiros da Brigada Militar começou a apoiar as equipes da CEEE e órgãos de limpeza na remoção da vegetação. Esse trabalho integrado tem sido fundamental para acelerar o restabelecimento da energia elétrica. Outras empresas que atuam no Rio Grande do Sul como Certel, Certaja, RGE e AES Sul também ofereceram apoio.

Desde o início do temporal, mais de 1,5 mil funcionários da CEEE estão se revezando no atendimento aos danos causados pela tempestade, que envolvem trabalhos complexos e demorados como podas, substituição de postes e reconstrução de redes. A concessionária busca atender os clientes no menor prazo possível e, além da contratação emergencial de equipes, remanejou técnicos de outras áreas para o serviço de emergência.

Segundo a distribuidora, com todas as dificuldades inerentes ao trabalho em momento de contingência, aliadas às dificuldades técnicas de outros setores e de infraestrutura da própria cidade em função da intensidade do temporal, não é possível fazer uma previsão exata da conclusão dos serviços.