As empresas de energia elétrica estão se mobilizando para ajudar o governo federal no combate ao mosquito Aedes Aegypti, responsável pela dengue, zika vírus e febre Chikungunya. As distribuidoras terão um papel importante na ajuda ao combate ao mosquito. O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, Nelson Leite, explicou que a Comissão interna de prevenção aos acidentes de trabalho será treinada por profissionais da área de saúde e segurança e irá fazer inspeções em subestações, instalações e almoxarifados, de forma a identificar e combater possíveis focos do mosquito.

Além disso, os leituristas das distribuidoras, responsáveis por fazer a leitura dos medidores de energia, vão registrar no computador as localidades com suspeita de criadouro do mosquito, o que posteriormente será repassado às autoridades. O presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, comentou que na parte de geração e transmissão da companhia, 24 mil empregados estarão totalmente engajados na campanha.

Nesta quinta-feira, 28 de janeiro, ainda segundo Carvalho Neto, haverá uma reunião com todos os presidentes das empresas do grupo no sentido de aderir a campanha. "Não poderíamos deixar de usar a capilaridade do setor elétrico", comentou o executivo durante coletiva que aconteceu no Ministério de Minas e Energia.

O ministro Eduardo Braga disse ainda que as contas de luz e gás virão com mensagens sobre os sintomas e orientações à população. Na mensagem, segundo ele, estará escrito: "Febre, coceira, dor de cabeça, pode ser dengue, Chikungunya ou Zika. Beba muita água e vá ao SUS".

Nelson Leite, da Abradee, lembrou que o país tem hoje cerca de 80 milhões de unidades consumidoras e cerca de 40 mil leituristas aproximadamente. "A grande vantagem do que está acontecendo é poder chegar a informação, no caso das pessoas, e informar os focos do mosquito para as autoridades", apontou Braga.