O presidente da Santo Antônio Energia, Eduardo Melo Pinto, afirmou nesta segunda-feira, 18 de janeiro, na saída do Ministério de Minas e Energia que a repactuação do risco hidrológico da UHE Santo Antônio só será possível com o parcelamento da dívida de cerca de R$ 500 milhões que a empresa tem no mercado de curto prazo. Esse valor corresponde à parcela do déficit hídrico da usina em 2015 que teve seu pagamento suspenso por liminar e terá de ser quitada de uma só vez caso a geradora confirme a adesão para os contratos no ambiente regulado. A divida total era de R$ 1 bilhão, mas a Saesa liquidou metade desse valor.
A Santo Antônio protocolou o pedido de repactuação na Agência Nacional de Energia Eletrica na ultima sexta-feira, 15. O processo terá de ser autorizado pela Aneel, o que pode acontecer até o próximo dia 25. A empresa optou pelo produto SP 93, pela qual se dispõe a assumir 7% do risco e transferir o restante ao consumidor, em troca do pagamento de um prêmio de risco. Para isso, terá de abrir mão da ação judicial que suspendeu a liquidação do valor questionado na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.
O executivo afirma, porém, que o acordo só será fechado se for permitido o pagamento em parcelas.“Precisamos do parcelamento porque não temos caixa”, argumentou Pinto. Teoricamente, segundo ele, a empresa poderia vender uma parte da energia resultante da ampliação da usina que não esta contratada no mercado cativo no próximo leilão A-5, o que poderia dar um alivio de caixa à empresa. Mas a Saesa optou por não se cadastrar para o certame.