A Agência Nacional de Energia Elétrica anuiu com a repactuação do risco hidrológico de mais 17 usinas hidrelétricas, segundo despachos publicados no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 15 de janeiro. Os empreendimentos somam pouco mais que 2.600 MW de capacidade instalada e são das empresas Renova Energia, Alupar, Copel GT e Alcoa.
 
A repactuação é parte de um acordo do governo para compensar as perdas financeiras com a crise hidrológica em 2015. A seca fez com que as hidrelétricas produzissem abaixo das garantias físicas, comprometendo o fluxo de caixa das usinas e criando um passivo bilionário no setor. Ao aceitar o acordo, as empresas se protegem de futuras secas e ganham mais prazo de concessão para compensar as perdas do ano passado. Em contrapartida, precisam desistir das liminares que travam o mercado de energia e pagar um prêmio de risco.
 
Segundo comunicado, a Brasil PCH, que tem a Renova como principal acionista, aceitou repactuar o risco de 13 pequenas centrais hidrelétricas, que somam 291,5 MW de capacidade instalada. A Copel GT repactuou o risco das hidrelétricas Mauá (361 MW) e Foz do Areia (1.676 MW). A Alupar incluiu a hidrelétrica Foz do Rio Claro (68,4 MW) e a Alcoa Alumínio, em conjunto com os sócios Furnas, DME e Camargo Correa Energia, repactuou Serra do Facão (212,5 MW).