Operações como a realizada entre a Casa dos Ventos e a Cubico são saudáveis para o mercado eólico. De acordo com a presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica, Élbia Gannoun, os fundos de investimentos que também estão vindo com essas operadoras globais chegam em um momento de baixa atratividade devido ao cenário econômico e político que passa o país. "Isso é muito saudável para o setor e esperamos que esse tipo de movimento aumente, tendo em vista a necessidade de investimentos no setor elétrico brasileiro, esse tipo de investimento é extremamente positivo para nós", explica.

A Casa dos Ventos formalizou no início da semana a venda por R$ 2 bilhões de dois parques eólicos para a Cubico. A empresa é uma investidora e gestora de ativos de energia renovável e água liderada pelo banco Santander e tem a presença dos fundos de investimentos canadenses Ontario Teacher´s Pension Plan e Public Sector Pension Investment Board. A face de desenvolvedora de projetos da Casa dos Ventos também é elogiada pela executiva. No ano passado a TerraForm Global, outra operadora estrangeira, comprou participação acionária em parques da Renova Energia.

Ainda de acordo com a presidente da associação, o atual ambiente econômico difícil do país não tornou mais fácil a compra dos parques por essas empresas. Segundo ela, a situação econômica faz com que as eólicas do Brasil em operação se tornem alvo de fundos de investimento que procuram retorno no curto prazo.