O risco de qualquer déficit de energia nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste é de 0% em 2016, segundo o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico. A avaliação considera as 83 séries de histórico de vazões e quatro reservatórios equivalentes de energia, além do acionamento de usinas termelétricas por ordem de mérito e da operação de térmicas com Custo Variável Unitário até R$ 600/MWh até o fim da estação úmida. Em janeiro de 2015, as simulações de desempenho do sistema indicava um risco de 4,9% para o subsistema SE/CO e de 1,2% para o NE.
Considerando o desempenho do sistema com base nas 2.000 séries sintéticas de afluências e na operação termelétrica por ordem de mérito, o risco de déficit é de 1,8% (SE/CO) e de 0,1% (NE). Ao incluir a operação das térmicas com CVU até R$ 600/MWh até abril, a projeção de déficit passa para 0,4% (SE/CO) e 0% (NE).
Em nota divulgada após a reunião mensal nesta quarta-feira, 13 de janeiro, o CMSE reafirma que o Sistema Interligado “dispõe das condições estruturais para o abastecimento do País”, apesar da situação climática desfavorável nas principais bacias hidrográficas das regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste. O comitê destaca o acréscimo ao sistema de 6.428 MW de capacidade instalada em 2015.
No mês de dezembro, choveu acima da média no Sudeste, nas bacias dos rios Paraná e Paranapanema, e abaixo da média nas bacias do Tietê, Grande e Paranaíba. No Norte e Nordeste, as chuvas ficaram abaixo dos valores históricos. As afluências ficaram em 99% no Sudeste/Centro-Oeste; 28% no Nordeste; 294% no Sul e 29% no Norte.