Os ministros da Casa Civil, Jacques Wagner, e de Governo, Ricardo Berzoini, vão se reunir com representantes sindicais e de movimentos sociais na próxima terça-feira, 19 de janeiro, para discutir a privatização das empresas Eletrobras. Em manifestações realizadas em Brasília nesta terça-feira, 12, sindicalistas ligados à CUT e à Federação Nacional dos Urbanitários protestaram contra a venda da Celg Distribuição, a primeira empresa federalizada incluída no programa de desestatização.

A mobilização, segundo o diretor do Sindicato dos Urbanitários do Distrito Federal, Victor Frota da Silva, teve a participação de 350 trabalhadores da distribuidora goiana. Ela foi reforçada por representantes da Federação dos Engenheiros e de movimentos como o dos Trabalhadores Sem Terra – MST, dos Trabalhadores Sem Teto – MTST e dos Atingidos por Barragens MAB.

O Ministério de Minas e Energia informou que os manifestantes chegaram  por volta das 7:10 horas e forçaram a entrada na portaria privativa do prédio, o que provocou a quebra do vidro da frente. Bandeiras dos movimentos sociais foram penduradas na entrada. Por volta das 13 horas, a portaria principal do edifício também foi ocupada e o grupo permaneceu no local até às 18 horas.

Houve concentração também na Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto. Os lideres do movimento foram recebidos pelo secretário executivo da Secretaria de Governo, Luiz Azevedo, que marcou a reunião da próxima semana.

O diretor do sindicato dos Urbanitários do DF avaliou o resultado como positivo e disse que o receio dos trabalhadores é de que a privatização prevista para as distribuidoras se estenda depois para as geradoras do grupo Eletrobras. Silva disse que na assembleia de acionistas realizada no fim de dezembro os representantes dos trabalhadores conseguiram adiar a inclusão das distribuidoras de Alagoas, Piaui, Amazonas, Rondonia, Roraima e Acre no Programa de Desestatização. Até o momento, apenas a Celg está no PND.