Aproveitando o bom momento que as eólicas vêm passando, em que vem liderando nas contratações dos leilões de energia, a Briskcom também quer crescer mais ainda no mercado. A empresa deve terminar o ano de 2015 com um crescimento de 60% a 70% e os projetos de energia respondem por cerca de 80% da carteira de pedidos. Com a demanda dos outros setores da economia em baixa, a fornecedora de soluções em telecomunicações focada em satélites quer estar pronta para atender ao setor. "A área de energia é a única com previsão de crescimento. Eu acho que o mercado [eólico] vai no mínimo duplicar, temos que estar preparados para isso", explica Claudio de Sá, diretor comercial da Briskcom. A expectativa para 2016 é de um crescimento maior ainda.

A empresa atua no setor fazendo a interligação dos parques eólicos com o Operador Nacional do Sistema Elétrico. Ela oferece soluções de conexão dos agentes aos centros de operação do ONS, canais de dados e voz e ainda faz o monitoramento ativo de todos os elementos da rede. Atuando também com PCHs e CGHs, ela também atua junto a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, sendo capaz de efetuar a medição em qualquer parte do país e o monitoramento ativo dos links de comunicação e dos medidores dos agentes.

O diretor da empresa acredita que a fonte solar, que vem trilhando um histórico de contratação nos últimos leilões de energia, apesar de estar ainda no início, também vai demandar o uso desse tipo de soluções. Segundo ele, ainda é preciso que se definam algumas regras de operação para que se monte uma estratégia. "Um parque solar dentro de um eólico vai usar a mesma estrutura? Essas coisas ainda estão sendo desenhadas para que possamos medir o nosso crescimento", avisa.

Ele conta que o foco na elaboração e na exclusividade dos projetos é o diferencial da Briskcom. A regulação excessiva existente no setor faz com que os projetos necessitem de qualidade na sua concepção, o que a empresa tem buscado desde a sua origem. "Enquanto nós entramos no mercado com uma proposta diferenciada, com uma solução inovadora, conseguimos ocupar espaço. Eu vendo aquilo que o meu cliente precisa, por isso tenho o diferencial", aponta.

Como novidade para 2016, Sá aposta na banda Ka, uma internet mais rápida e com menor custo que vem ocupar o espaço da banda Ku. Com uso amplo em setores como o do agronegócio ou o governamental, ele dá como exemplo do uso dela no setor eólico, seu uso no monitoramento de um aerogerador. "Vai precisar de uma internet de alta qualidade para que o fabricante possa fazer uma melhor gestão do equipamento", conclui.