Após manifestações contra a privatização do setor elétrico em frente ao Palácio do Planalto e ao Ministério de Minas e Energia, representantes sindicais e de movimentos sociais foram recebidos na tarde desta terça-feira, 12 de janeiro, para uma reunião na Casa Civil da Presidência da República. A mobilização coordenada pela Central Única dos Trabalhadores, sindicatos e Federação Nacional dos Urbanitários tem como pauta a defesa das empresas estatais do setor e a retirada da Celg Distribuição do Programa Nacional de Desestatização.
A distribuidora goiana será a primeira do grupo Eletrobras a ser privatizada. A venda de parte ou da totalidade do controle das distribuidoras federalizadas nos estados de Goiás, Alagoas, Piauí, Amazonas, Rondônia, Roraima e Acre está prevista no plano de reestruturação da estatal. Todas as distribuidoras do grupo estão na lista das empresas cujos contratos já foram ou serão renovados no primeiro semestre de 2016.
Além da CUT e dos sindicatos, o ato contra a privatização teve a participação da Federação dos Engenheiros, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e do Movimento dos Atingidos por Barragens. Parte dos manifestantes se reuniu em frente ao Planalto e parte continua ocupando as duas portarias do MME. Novas manifestações, segundo o Sindicato dos Urbanitários no Distrito Federal, vão depender do resultado das negociações com o governo.