A Petrobras pretende investir US$ 98,4 bilhões em exploração e produção de petróleo, gás, energia e em demais áreas de atuação entre 2015 e 2019. O comunicado divulgado nesta terça-feira, 12 de janeiro, representa um ajuste de US$ 32 bilhões em relação ao valor inicialmente previsto, de US$ 130,3 bilhões, para o Plano de Negócios e Gestão 2015-2019. Segundo a companhia, a redução dos investimentos é “decorrente da otimização do portfólio de projetos (-US$ 21,2 bilhões) e do efeito cambial (-US$ 10,7 bilhões)”.
 
A previsão é que US$ 80 bilhões sejam investidos em exploração e produção de petróleo, US$ 10,9 bilhões no segmento de abastecimento, US$ 5,4 bilhões em gás e energia e US$ 2,1 bilhões em áreas como engenharia, tecnologia, materiais, entre outros.
 
Segundo a Petrobras, os ajustes na carteira de investimentos resultaram em uma redução da projeção de produção de petróleo no Brasil de 2,185 milhões de barris por dia (bpd) em 2016 para 2,145 milhões de bpd e de 2,8 milhões de bpd em 2020 para 2,7 milhões de bpd.
 
A produção média de petróleo da Petrobras no Brasil em 2015 foi de 2,128 milhões barris por dia (bpd), volume 0,15% superior à meta estabelecida de 2,125 milhões bpd e 4,6% acima da produção realizada em 2014 (2,034 milhões bpd). Este resultado representa o recorde anual histórico de produção de óleo da companhia, superando o recorde alcançado em 2014.
 
“A Petrobras vem trabalhando no aprimoramento contínuo do seu Plano de Negócios e Gestão e na rápida adaptação às mudanças em seu ambiente de negócios, preservando seu compromisso de atuar com disciplina de capital e rentabilidade”, diz a companhia em nota à imprensa.
 
Quanto aos gastos operacionais gerenciáveis, a realização prevista para 2015 permanece em US$ 29 bilhões e a programação para 2016 está sendo revista no âmbito do detalhamento do orçamento anual em curso. Os desinvestimentos para o biênio 2015-2016 foram mantidos em US$ 15,1 bilhões, tendo atingido o montante de US$ 700 milhões em 2015.
 
A Petrobras explica que a companhia está sujeira a diversos fatores de risco que podem impactar suas projeções, tais como mudança de variáveis de mercado, como preço do petróleo e taxa de câmbio; operações de desinvestimentos e outras reestruturações de negócio; e alcance das metras de produção em um cenário de dificuldades com fornecedores no Brasil. “Estes ajustes visam a preservar os objetivos fundamentais de desalavancagem e geração de valor para os acionistas, estabelecidos no Plano, à luz dos novos patamares de preço do petróleo e taxa de câmbio”, completa a empresa.