O governo desistiu de promover um mega leilão em 2016 para ofertar todos os lotes de concessões de transmissão que não tiveram interessados nos últimos certames. A intenção, segundo o ministro interino de Minas e Energia, Luiz Eduardo Barata, é ofertar uma quantidade menor de lotes em vários certames que serão realizados ao longo do ano.
“Vocês sabem que existe um edital em audiência pública na Aneel com uma quantidade enorme de lotes. Esse leilão será reduzido. Não será com todos aqueles lotes. Nós vamos fazer uma análise criteriosa dos que são mais importantes de modo a diminuir [a quantidade de projetos ofertados] e aumentar a efetividade do leilão”, disse Barata, após a cerimônia de assinatura dos contratos de concessão das usinas hidrelétricas de Jupiá e Ilha Solteira. O leilão da Aneel estava previsto para o primeiro semestre deste ano.
Barata reconheceu que dos três últimos leilões de transmissão de 2015, apenas o do segundo circuito do linhão de Belo Monte foi bem sucedido. “Nós estamos analisando de fato para identificar quais são as questões que precisamos atacar. Obviamente, a participação estrangeira é muito bem vinda. Não só capital chinês como estrangeiro de um modo geral – americano, canadense, europeu”, disse.
Ele observou que foi por essa razão que o ministro Eduardo Braga esteve nos Estados Unidos e na Rússia para apresentar o Plano de Investimentos em Energia Elétrica. Mais tarde, o Ministério do Planejamento promoveu outro road show, onde o MME teve a oportunidade de retomar a apresentação em Nova Iorque e passou por Londres e Frankfurt, onde a receptividade dos investidores foi boa. Para o ministro interino, leva algum tempo para que essa receptividade se transforme em interesse efetivo. Ele acredita, porém, ser possível que a resposta venha ainda em 2016.
