Dirigentes das estatais Cemig, Copel, Celg GT e Celesc destacaram a importância histórica das concessões de usinas hidrelétricas arrematadas pelas empresas no leilão realizado em 25 de novembro do ano passado. Dos 29 empreendimentos existente ofertados no certame, 18 ficaram com a Cemig, que manteve 14 usinas e arrematou outras quatro; cinco permaneceram com a Celesc, antigo concessionário; um ficou com Copel e outro com Celg.
O diretor técnico e comercial da Celg GT, Augusto Francisco Silva, destacou que a empresa participou do leilão para manter um concessão histórica e emblemática, a UHE Rochedo. Ele disse que a concessionária espera estar presente no setor elétrico em licitações futuras e que vai continuar sob o controle do estado de Goiás nas atividades de geração e transmissão.
Luiz Fernando Vianna, presidente da Copel Holding, disse que a empresa paranaense fez a opção certa em 2012 ao não aderir à renovação nas condições propostas pela Medida Provisória 579, e que também acertou ao participar do leilão para manter a UHE Parigot de Souza. “A usina tem importância muito grande não só para a Copel como para o Paraná”, explicou. Vianna afirmou ainda que o modelo do leilão foi um avanço e deve ser mantido.
O diretor de geração da Cemig, Franklin Gonçalves, também elogiou a alteração das regras que permitiu a mudança nas condições de renovação dos contratos das usinas. Para o diretor, a mudança é importante não apenas por garantir mais 30 anos, mas por representar uma nova etapa para outras concessões que ainda não venceram. “Não nos víamos sem essas usinas”, disse Gonçalves, que destacou a usina de Três Marias como a mais simbólica para o estado de Minas Gerais.
O diretor presidente da Celesc, Cleverson Siewert, disse que a empresa se adequou às mudanças ocorridas no setor nos últimos quatro anos e considerou uma vitória a manutenção das cinco pequenas centrais hidrelétricas da empresa com potência total de 63 MW.
O executivo da Enel Green Power, Márcio Teixeira Tranin, disse que a empresa italiana já se consolida na geração de energia limpa no país e pretende ampliar ainda mais os investimentos em energia renovável. A Enel ficou com as concessões das usinas Mourão e Paranapanema, que pertenciam a Copel e Votorantim. A outra empresa estrangeira a participar do leilão foi a China Three Gorges, que levou as concessões das UHEs Jupia e Ilha Solteira, construídas pela Cesp.