Em 2015, a carga de energia no Sistema Interligado Nacional recuou 1,8% em relação ao mesmo período anterior. O Operador Nacional do Sistema Elétrico divulgou nesta terça-feira, 5 de janeiro, o boletim preliminar de carga mensal de dezembro. O informativo mostra que no último mês do ano houve uma queda de 0,5% na carga na comparação com dezembro de 2014. Já na comparação com o mês anterior, houve aumento de 0,6%.

De acordo com o ONS, apesar da baixa atividade econômica, a carga em dezembro se comportou um pouco melhor que nos meses anteriores, devido a uma normalização dos estoques da indústria e a uma melhora nas expectativas. No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que representa perto de 60% da carga do SIN, houve aumento, o que não vinha acontecendo nos últimos dez meses. As altas temperaturas também colaboraram para o aumento da carga. Fatores não econômicos contribuíram positivamente com 1% para o recuo de 1,5% registrado.

No subsistema Sudeste/ Centro-Oeste, a carga subiu 0,1% na comparação com o mesmo mês de 2014.  Em relação ao mês anterior, o aumento foi de 1,2%. No acumulado de 12 meses, a queda é de 3,2% em relação ao mesmo período anterior. A subida na temperatura e a sutil melhora na indústria justificam o pequeno aumento na carga.

O Sul registrou uma variação negativa de 8,2% na carga quando os valores são comparados com os de dezembro de 2014. Na comparação com novembro de 2015, a carga subiu 1,6%. Já no acumulado do ano, a variação negativa é de 3,2%. As fortes chuvas na região impactaram no resultado, aliada a alta nas tarifas de energia.

No subsistema Nordeste, o aumento verificado na carga chegou a 2,1%. Na comparação com novembro de 2015, há um recuo de 1,9%. No acumulado dos últimos 12 meses, o aumento é de 3,2%. A conjuntura econômica adversa e o aumento nas tarifas afetaram com menor intensidade essa região, o que se refletiu no desempenho da carga.

Na região Norte, a carga em dezembro subiu 7,3% em relação ao mesmo período de 2014. Na comparação com novembro de 2015, houve queda de 1,3%. Já no acumulado do ano, a subida chegou a 1,7% na comparação com o mesmo período anterior. O aumento expressivo da carga é justificado pela inclusão de Macapá ao SIN desde outubro deste ano.