O Operador Nacional do Sistema Elétrico continua apostando na lenta recuperação dos níveis de armazenamento da região Nordeste. A expectativa é que os reservatórios cheguem ao fim de janeiro com 7,2% da capacidade, 2 pontos percentuais acima do atual nível registrado de 5,2% na última terça-feira, 29 de dezembro. A afluência prevista para a região é de 26% da média de longo termo.

O Nordeste e o Norte do país tiveram o pior primeiro bimestre do período chuvoso do histórico de 85 anos, com 23% e 34% da MLT, respectivamente. Os valores contrastam com o subsistema Sudeste/Centro-Oeste com afluência um pouco acima da média, 105%, nos meses de novembro e dezembro, categorizado como 30º melhor; e o Sul com 242%, tendo o 3º melhor registro.

A previsão do ONS é que o SE/CO termine o primeiro mês de 2016 com 37,6% do nível de armazenamento, resultado de uma afluência equivalente a 96% da média histórica. No Norte, o armazenamento deve ficar em 19,9% e a afluência em 27% da MLT. Já no Sul, os reservatórios ficarão cheios, com 94,5% da capacidade, devido às fortes afluências, que chegarão a 199% da média.

Para a semana, é esperado o avanço de uma frente fria, que vai ocasionar chuva fraca a moderada nas bacias hidrográficas do subsistema SE/CO, no São Francisco e no Tocantins. Esse sistema deve avançar e ficar semi-estacionário no litoral da Bahia, organizando a nebulosidade e a precipitação nesse estado, em Goiás e no Tocantins. Uma nova frente fria avança pela região Sul e São Paulo no decorrer da semana, ocasionando chuva fraca nas bacias hidrográficas da região, e nas bacias dos rios Paranapanema e Tietê.

O Custo Médio de Operação ficou estabelecido passou de R$ 27,80/MWh para R$ 20,64/MWh nos subsistemas SE/CO e Sul; de R$ 376,25/MWh para R$ 380,14/MWh no Nordeste; e de R$ 101,23/MWh para R$ 98,02/MWh. É esperada uma redução de carga de 3,9% no mês em relação a janeiro de 2015, puxado por SE/CO e Sul, que devem registrar queda superior a 6%, cada. O Norte compensa com alta de 9% em decorrência da interligação de Macapá (AP). O despacho térmico programado é de 16.163 MW médios, sendo 8.202 MWmed por garantia energética, 5.350 MWmed por ordem de mérito e 2.611 MWmed por inflexibilidade.

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