A Cemig apresentou proposta de Acordo Coletivo de Trabalho com um reajuste de 10,33%, o que assegura a manutenção do poder de compra dos salários. A empresa também propôs a distribuição de 4% do seu lucro líquido, como Participação de Lucros e Resultados, sendo 50% de forma linear e 50% proporcional aos salários. O modelo proposto privilegia os empregados com as menores remunerações. Desde o fim de novembro a empresa vem enfrentando greve de funcionários.
 
Na fórmula proposta pela Cemig, os empregados que recebem os menores salários receberiam adicionalmente, a título de PLR, um valor que pode chegar a 3,5 dos seus pagamentos mensais normais; enquanto os maiores salários ficariam limitados a 1,2. A empresa concordou ainda com a inclusão de uma cláusula no Acordo Coletivo de Trabalho, para que a empresa distribua um tíquete extra no valor de R$ 959,00, que seria distribuído ainda neste mês de dezembro de 2015.
 
A empresa informou aos sindicatos que concordava com a elaboração e implementação de um novo plano de prevenção de riscos e de acidentes do trabalho, que deverá ser elaborado em 2016, com participação dos trabalhadores. A proposta da empresa também inclui o início do processo de redução da terceirização no próximo ano de 2016, com introdução e distribuição das novas equipes primarizadas, definidas por estudos de melhora da produtividade.
 
Em assembleia realizada na última quarta-feira, 16 de dezembro, que contou com a participação de 1.383 funcionários ou 17,5% dos 7.864 empregados da Cemig, os sindicatos orientaram contra a aprovação da proposta da empresa – que incluía os itens descritos acima, além de vários outros. Após a rejeição da proposta, os sindicatos propuseram aos trabalhadores a continuidade da greve.