A KPMG apresentou os resultados de uma pesquisa aplicada em 10 países na Europa, Ásia, Oceania e América do Norte com 163 CEOs do setor de energia apontando as perspectivas para as empresas no cenário de três anos. Em linhas gerais, o resultado apresentado aponta que 42% dos executivos estão mais confiantes nas perspectivas de crescimento em relação ao ano passado e que, apesar dos desafios que passam desde a queda de preços de energia até o aumento das restrições ambientais e novos concorrentes, o otimismo com o crescimento permanece.

Surpreendentemente, classificou a KPMG, os CEOs do setor de energia nesses 10 países não estão mais preocupados com as regulamentações ambientais, essa opção está com 51% das respostas sendo superada pelas preocupações com o risco operacional que foi apontado por 53% dos participantes.
Em sua análise, o Instituto KPMG de Energia na América Latina aponta que os quatro principais temas apontados pelos entrevistados, e que muito se assemelham à situação brasileira, foram preços da energia, crescimento econômico global, ambiente regulatório e riscos geopolíticos. Aliás, esse primeiro aspecto foi citado por 62% dos participantes, ficando à frente até as preocupações com o crescimento econômico, citado por 55%.
Nesses 10 países pesquisados o nível de confiança desses executivos é de que 55% se mostra mais otimista com as perspectivas de crescimento no horizonte de três anos do que no último ano, que segundo a pesquisa era 2014. Um pouco menos, 52% aponta que essa é a mesma percepção para a economia global nessa mesma base de comparação.
Outro item abordado é a expectativa de crescimento para a indústria de energia nesse período, e nesse item apenas 8% estão pouco ou significativamente menos confiantes que no último ano sobre o crescimento da indústria. A maior parcela das respostas se situa na resposta que indica o mesmo nível de confiança, com 41% das opções.
Ao mesmo tempo 48% apontaram que as suas organizações estão totalmente preparadas para o processo de inovação e outros 43% apontaram que há um processo dessa natureza em andamento. Para 17% dos entrevistados, a maior barreira para a inovação nas empresas é a restrição de orçamento. Em seguida, com 14% aparece a falta de atualização dos recursos tecnológicos ou das capacidades atuais.