A agência de classificação de risco Fitch Ratings rebaixou nesta quarta-feira, 16 de dezembro, o Rating Nacional de Longo Prazo da Abengoa Concessões Brasil Holding de ‘CC (bra) ’ para ‘RD (bra) ’. O rebaixamento do rating reflete o fato de a Abengoa Concessões não ter honrado as garantias prestadas por ela para o pagamento de R$ 3 milhões de juros e principal de Cédulas de Crédito Bancário de sua controladora direta, a Abengoa Construção S.A., que venceram em dezembro de 2015.

A agência considera ser improvável que a Abengoa continue pagando suas próprias obrigações, conforme elas forem aparecendo no curto prazo. Uma das sociedades de propósito específico da qual a companhia participa, com 20%, a ATE XXII, possui R$ 7 milhões de juros vencidos de um empréstimo-ponte com um sindicato de bancos. A garantia dos acionistas ainda não foi exercida pelos credores. A Abengoa Greenfield Brasil detém os 80% remanescentes da ATE XXII. 

O perfil de crédito da Abengoa Concessões reflete o forte vínculo que ela tem com o grupo, cuja holding, na Espanha, teve o Rating de Probabilidade de Inadimplência do Emissor de Longo Prazo rebaixado para de ‘CC’ para ‘RD’, após o anúncio de que deixou de pagar algumas séries de sua emissão de € 750 milhões de commercial papers. O fluxo de caixa da Abengoa Concessões depende de recursos oriundos de seus controladores diretos e indiretos para cumprir com suas obrigações, o que é improvável no momento. O grupo ainda está renegociando suas dívidas com credores, sob proteção da Lei de Insolvência espanhola. Atualmente, a elevação dos ratings da Abengoa é improvável e o rating dela poderá ser revisado para de ‘RD’ para ‘D’.