A produtora de aços especiais russa NLMK avalia a sua participação no mercado brasileiro para o fornecimento ao setor eólico. A companhia que está no Brasil desde 2014 por meio de um escritório comercial e um centro de logística em São Francisco do Sul (SC) colocou como uma das metas para o ano que vem avaliar como pode aproveitar o momento de expansão do setor no país. A questão é que a companhia ainda é importadora de aço e no caso de fornecer a fabricantes de torres o produto viria de sua fábrica na Dinamarca.
De acordo com o gerente comercial da companhia, Redelvin Andrade, a unidade de produção de aço para torres eólicas não está ao acaso naquele país escandinavo. A Dinamarca foi escolhida para a produção por ser um polo de geração eólica. Recentemente, disse ele, essa unidade recebeu investimentos em expansão da produção que hoje é de 550 a 600 mil toneladas de chapas laminadas a quente ao ano.
“Basicamente, vamos fazer em 2016 um estudo desse mercado porque hoje está a base de incentivos do Finame e BNDES que possui as regras de entrada. Estamos avaliando como funcionam essas regras que são complexas para desenvolvermos o nosso planejamento. Não temos metas ainda mas estamos estudando o mercado que é complexo”, disse o representante da siderúrgica.
Andrade já descartou a perspectiva de a empresa entrar no país como produtora de aço ou de torres eólicas diante das regras de conteúdo local do BNDES. A NLMK, disse ele, tem um plano estratégico para a América do Sul a partir do Brasil, apesar do foco estar no país por meio do fornecimento de aço para diversos segmentos da indústria, não somente o eólico. Outro aspecto que pode trazer mais negócios para a empresa é que há países que não exigem conteúdo nacional como o Brasil.