A Agência Nacional de Energia aprovou redução de 32,27% na tarifa de repasse da potência de Itaipu, que vai passar de U$ 38,07/kWmês em 2015 para U$ 25,78/kWmês em 2016. A Aneel também homologou os limites mínimo e máximo do Preço de Liquidação das Diferenças, que passou de R$ 30,26/MWh para R$ 30,25/MWh no piso, e de R$ 388,48/MWh para R$ 422,56/MWh no teto. Para o PLD Máx, o aumento foi de 8,77%.
Os novos valores entrarão em vigor a partir de 1° de janeiro do ano que vem. No caso de Itaipu, a redução na tarifa já era esperada pela Aneel, e a explicação é que o consumidor pagou o risco hidrológico da usina em 2014 e o risco de 2015 já está na bandeira tarifária. A agência reguladora projeta, portanto, um impacto menor da variação cambial sobre o custo de compra de energia das distribuidoras cotistas da usina.
Segundo do diretor Andre Pepitone, o preço máximo do PLD está aderente ao Custo Variável Unitario da termelétrica de Mario Lago, em Macaé (RJ). A usina lastreou o teto do preço aplicado no ano passado.
Também entrarão em vigor no início do ano os novos valores da Tarifa de Energia de Otimização, que tem como finalidade cobrir os custos adicionais de operação e manutenção das usinas hidrelétricas, inclusive Itaipu, e o pagamento da compensação financeira da energia transacionada no Mecanismo de Realocação de Energia. A TEO teve aumento de 31,75% e ficou em R$ 22,41/MWh para Itaipu, cujos custos são afetados pela variação do dólar; e foi corrigida em 9,51% para as demais usinas do MRE, passando para R$ 12,32/MWh.
A agência atualizou ainda a curva do Custo do Déficit de energia pela variação do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna no ultimos 12 meses, de 10,63%. Ela é usada para determinar os preços do mercado de curto prazo entre a primeira e a última semana operativa de cada ano.O custo do deficit para 2016 vai variar de R$ 1.571,42/MWh (redução de carga maior que 0% e menor ou igual a 5%) a R$ 8.050,39\MWh (patamar de redução de carga acima de 20%).