A agência de classificação de risco Standard & Poor’s reafirmou na última sexta-feira, 11 de dezembro, o rating ‘brAA+’ atribuído na Escala Nacional Brasil à primeira emissão de debêntures subordinadas de R$ 180 milhões da Energética Barra Grande S.A. e o removeu da listagem CreditWatch negativo. A agência também passou a atribuir um rating de recuperação à emissão da Baesa, de acordo com a expectativa de recuperação da dívida em um cenário hipotético de default. Nesse cenário, o valor presente dos ativos seria suficiente para fazer frente a mais da totalidade das obrigações das debêntures, resultando em um rating de recuperação ‘3’. Em setembro, a agência havia colocado o rating de emissão da hidrelétrica na listagem CreditWatch com implicações negativas, para testar a sua resiliência da empresa a um cenário hipotético de estresse no governo soberano.

De acordo com a Standard & Poor’s, o rating reflete a visão de um perfil de risco de negócios “regular”, em função da dinâmica competitiva do mercado no Brasil, e do seu baixo custo operacional, comum a uma hidrelétrica. A usina é um ativo único com exposição às condições climáticas por meio do Mecanismo de Realocação de Energia, o que resultou em significativa volatilidade de custos em 2015. No entanto, essa volatilidade é compensada por meio dos contratos de fornecimento de energia elétrica com seus acionistas que estabelecem a obrigação de compra do total da eletricidade gerada pela usina proporcionalmente às suas quotas detidas no capital.

A posição competitiva da Baesa reflete ainda sua eficiência operacional adequada, com disponibilidade da usina relativamente alta e rentabilidade satisfatória. O índice de disponibilidade da usina no período de 12 meses terminado em setembro de 2015 foi de 95,3%, acima do mínimo de 85,31% exigido pelo regulador no contrato de concessão.