Três projetos que podem ajudar os consumidores a gerenciar o consumo de energia em casa, e com isso economizar na conta de luz, foram premiados pela Proteste Associação de Consumidores no Prêmio Proteste Inovação 2015. Os vencedores foram anunciados na última terça-feira, 8 de dezembro, no Rio de Janeiro (RJ). No total houve 127 projetos inscritos. O prêmio veio de uma parceria com a Fundação Matanel e teve o apoio do Centro de Referência de Inteligência Empresarial, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, do Laboratório UL Testech e da Rocco Marcas e Patentes. O objetivo do prêmio foi estimular a inovação, com foco em novas tecnologias para gerar economia de água e luz.
 
O projeto vencedor ganhou R$ 50 mil, além de consultoria de 88 horas para negócios, patentes e técnica. Ele foi desenvolvido pela empresa Eletromag e simula um jogo virtual em que a economia da energia é vital para manter o "bichinho virtual" ativo, e se propõe a engajar os jovens para ajudar a família a economizar luz. O jogo também pode ser compartilhado por meio de competição, para ver quem economiza mais. Trata-se de um equipamento e um bichinho virtual, por meio de um aplicativo para smartphone, interligados a redes sociais e a rede elétrica da residência. A vida do bichinho está ligada ao consumo de energia em casa, forçando a redução de uso para mantê-lo energizado, gerando pontos na rede social e competindo com amigos em quanto energizado está seu bichinho, além de obter descontos da concessionária para quem alcançar meta.
 
O segundo projeto premiado foi desenvolvido pelas engenheiras Tuane Lisboa Silva Paixão e Danielle Teixeira Oliveira. Ele propõe um sistema de gerenciamento do consumo acoplado ao relógio de energia, que poderá ser instalado facilmente. O sistema informatiza o sistema de distribuição de energia. O público alvo é o consumidor residencial. O protótipo apresenta a montagem de um quadro de energia elétrica com um sistema embarcado de monitoramento e controle online que possibilita a consulta dos dados e a opção de ligar e desligar os circuitos elétricos remotamente, possibilitando a redução de 15% a 40% dos valores finais da conta de energia.
 
O terceiro projeto é da empresa Pensys e permite o carregamento das baterias dos painéis de energia solar utilizando a energia eólica. É o aerogerador Windsolar, indicado para regiões litorâneas. Ele pretende gerar cerca de 500W média por dia, ou seja, 12KWh/dia, reduzindo assim o consumo geral da rede elétrica de distribuição, com instalação no topo de prédios e ligação na rede interna. Seria aplicável principalmente para prédios urbanos a partir de quatro andares. Consiste num aerogerador híbrido com painel fotovoltaico. Nele coexistem dois tipos de pás diferentes, a Darrieus, para vento forte e Savonius, para vento fraco. O painel fotovoltaico funciona como gerador de energia para retirar o aerogerador da inércia, aumentando assim a eficiência do conjunto.