O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, lamentou que o PMDB esteja no centro da crise que envolve a mobilização pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele destacou que o partido "não tem histórico nem perfil de golpe". Braga disse que é preciso tomar muito cuidado para que quando se usar mecanismos constitucionais não se esteja quebrando um pilar fundamental da Constituição que é a democracia do voto direto.

"Não creio que o PMDB apoie nenhum movimento que venha a fazer uma ruptura à nossa democracia do voto popular sem que haja fundamentação jurídica consubstanciada junto à opinião pública brasileira e junto ao cidadão brasileiro", afirmou o ministro, após participar da cerimônia de assinaturas dos novos contratos de concessão das distribuidoras, que ocorreu na tarde desta terça-feira, 7 de dezembro, na sede do MME.

Perguntado como avalia a crise que envolve seu partido e a presidência da República, Braga lembrou que o PMDB é uma legenda que tem história no Brasil e com a democracia. Ele disse também que o Brasil tem um sistema de voto direto diferentemente de outras democracias consolidadas. O ministro frisou que, embora lamente que o partido esteja no meio de uma polêmica sobre a destituição da presidente, majoritariamente a posição do partido seja pela legalidade e pela manutenção do voto direto.

Ele retirou essa impressão das conversas que teve desde o fim de semana com vários representantes do PMDB. A polêmica que envolve a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma ganhou contornos mais dramáticos depois da divulgação do conteúdo da carta do vice-presidente Michel Temer endereçada à presidente. A Câmara dos Deputados está analisando a composição da comissão, que vai apreciar o pedido de abertura do processo.