A FGV Energia lançou na última segunda-feira, 7 de dezembro, o caderno Energias Renováveis Complementares. O caderno traz uma visão sobre essas fontes – eólica, solar, biomassa e PCH -, observando possíveis impactos que a inserção dessas fontes pode causar na matriz e no sistema.
Presente ao evento do lançamento, a presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica, Elbia Gannoum, contou que somente este ano a fonte eólica instalou 2,6 GW. No total, a fonte terá 8,5 GW instalados ao fim de 2015, ainda de acordo com a executiva. Ela destacou a importância da eólica para o suprimento energético do país, principalmente no Nordeste. "No dia 2 de novembro, a geração eólica representou 46% da carga do Nordeste", ressaltou.
No ranking mundial, o Brasil ocupa a 10ª posição em capacidade eólica instalada. Além disso, Elbia lembrou que o Climatescope 2015, estudo realizado pelo Banco Mundial e pela Bloomberg New Energy Finance, mostrou que o Brasil é o 2º país mais atrativo para investimentos em fontes renováveis, perdendo apenas para a China. "A despeito das questões econômicas e políticas, o Brasil é atrativo para investimentos", frisou.
Atualmente, a eólica responde por 6% da matriz elétrica e a perspectiva do Plano Decenal de Energia 2024 é chegar ao fim do horizonte com uma participação de 12% da matriz. "Mas a gente acredita que vamos conseguir alcançar essa participação em 2022", comenta Elbia.
O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura Filho, apontou que 81% da energia utilizada no mundo vem do petróleo, enquanto no Brasil, 40% é renovável. Ele mostrou ainda que 85% da expansão de nova geração elétrica realizada pelo país até 2024 será renovável.