O desenvolvimento exitoso da fonte eólica no Brasil vem despertando o interesse de agentes europeus e americanos. A Casa do Ventos participou pela terceira vez do eventual anual da Associação Europeia de Energia Eólica (EWEA, na sigla em inglês), que foi realizada em Paris, na França, no fim de novembro. A empresa apresentou a extensão de um estudo técnico feito para uma conferência na Alemanha sobre a otimização de parque utilizando condições brasileiras de recurso eólico. Foram usados dados anemométricos e orografia a laser medidos pela empresa. "Nestes eventos, a Casa dos Ventos é uma vitrine do nosso trabalho. Toda essa informação nos permite gerar conhecimento para o mercado mundial e discutir de igual com os mais importantes players do setor", explica Lucas Araripe, diretor de Projetos e Novos Negócios da empresa.
De acordo com Araripe, as preocupações da indústria eólica europeia são diferentes da brasileira, devido a diferença de estágio em que se encontram. Ele classifica ser importante o acompanhamento das discussões mais relevantes, assim como as experiências nos mercados mais maduros. Araripe também ressalta a relevância de se manter atualizado de modo que se consiga mitigar dúvidas e se otimizar o portfólio de novos projetos. "No ano passado, um trabalho sobre a redução da incerteza na modelagem do escoamento atmosférico na Chapada do Araripe foi apresentado em parceria com a AWS Truepower, considerando nossa extensa campanha de medições anemométricas na região", explica.
O diretor da Casa dos Ventos conta que o desempenho dos parques em operação tem sido um tema bastante debatido pelos agentes eólicos internacionais em eventos como da EWEA. Segundo ele, apesar de no Brasil essa preocupação ainda ser pouco presente, a Casa dos Ventos já sinaliza para o assunto. Ela já está implementando ferramentas de avaliação do desempenho das turbinas no seu centro de operação. No último mês de setembro, a Casa dos Ventos iniciou a operação do complexo eólico Ventos de Santa Brígida (PE – 181,9 MW), o primeiro de propriedade integral da empresa. A empresa atua desde 2007 no setor e é uma das maiores desenvolvedoras do mercado, tendo participado de muitos projetos que hoje estão em operação.
O aspecto tecnológico também não fica em segundo plano na lista de temas em observação no cenário internacional, já que a empresa desde o início das suas atividades sempre buscou a inovação no desenvolvimento da energia eólica do Brasil. "A participação em conferências permite uma atualização constante e intercâmbio de experiências do setor, além de nos permitir a aplicação das melhores tecnologias em nossos projetos de parques eólicos, cada vez mais eficientes", aponta Araripe.