A intensa disputa pelo lote A não era esperada pela Celg GT no leilão de relicitação de usinas realizado no último dia 25 de novembro. Foram 28 rodadas em viva-voz para que a detentora original da concessão da UHE Rochedo arrematasse a sua concessão. "Para nós foi uma surpresa tanto interesse", revelou Fernando Navarrete, presidente da Celg GT. A usina tem importância histórica para a empresa, porque ela deu início a Celg. Segundo ele, a queda na previsão do retorno causada pela disputa não deixou a usina menos atrativa. A expectativa era que a empresa levasse a renovação pelo preço teto. A Gestão dos Ativos de Geração ficou em R$ 2.163.650,05 e o Retorno da Bonificação pela Outorga foi de R$ 2.842.349,95. Isso levou a um preço de prestação do serviço de R$ 5,006 milhões, que representou um deságio de 13,58% sobre o valor teto.

De acordo com Navarrete, a Celg GT vai dar continuidade ao seu plano de expansão. No momento, ela conclui uma PCH na cidade em Jataí e tem 29 estudos de PCHs em execução, sendo que quatro deles estão em estágio mais avançado. O executivo recentemente realizou viagem aos Estados Unidos com intuito de buscar financiamento para a viabilização de uma usina solar fotovoltaica no estado, que ele espera concluir em 18 meses.  "A área de renováveis é de extremo interesse, temos esse foco", observa. Ele não descarta que a empresa participe de próximos projetos sozinha ou com parceiros majoritários ou minoritários. A Celg GT já tem como parceiros em projetos Furnas e o FIP Caixa Milão.

A área de transmissão vem demandando mais recursos da empresa nos últimos tempos, seja na construção de novos ativos ou no reforço de LTs. "Cerca de 65% em transmissão e 35% na geração", avisa o presidente da empresa. Nos últimos dois anos, a empresa participou de sete leilões de transmissão e saiu exitosa de todos. A empresa vem buscando direcionar as ações de expansão elétrica no estado de Goiás.