Beneficiadas pelo ambiente econômico, que pede redução de custos, competitividade e planejamento de gastos, as empresas de serviços de conservação de energia aparecem com um grande potencial de negócios. Nesse âmbito, a CPFL Eficiência começa a buscar o seu espaço no mercado. Apostando na força que o grupo traz, o diretor Luciano Goulart acredita que a empresa, que tem pouco mais de um ano de atuação, pode viabilizar mais projetos capazes de oferecer benefícios como eficiência energética e previsibilidade nos gastos com energia. "Temos tudo para ter sucesso nessa área. Não temos projetos de prateleira, conseguimos modelar de forma particular cada projeto de acordo com a necessidade de cada cliente", revela Goulart, que participou nesta quinta-feira, 3 de dezembro, de um encontro no Rio de Janeiro (RJ) promovido em conjunto com a CPFL Brasil.
A esco do Grupo CPFL enxerga boas oportunidades de negócios no Rio de Janeiro. Segundo Goulart, o estado é um dos que pratica a energia mais cara no país, o que torna a eficiência energética um tema importante. Já existe uma forte atuação da comercializadora do grupo no estado e a sinergia torna-se uma consequência. "Queremos estabelecer uma presença local no Rio de Janeiro através das nossas empresas não reguladas", avisa. As indústrias, os shoppings centers, empreendimentos comerciais, hotéis e os grandes consumidores em geral estão no radar da CPFL Eficiência.
Goulart conta que projetos envolvendo a fonte solar devem se tornar mais frequentes por conta de ações como a revisão da resolução 482/2012 feita recentemente pela Agência Nacional de Energia Elétrica. "É um caminho sem volta. Está havendo um estímulo muito grande, tanto que nós estamos nos estruturando para atender esse setor", avisa. Recentemente, a CPFL Eficiência esteve envolvida no projeto da Algar Telecom que vai dotar com módulos fotovoltaicos 14 sites da empresa na área de concessão dela, na região do Triângulo Mineiro, em Minas Gerais. As placas vão gerar 3 MWp. "Vamos fazer a gestão dessas plantas solares em conjunto, apurando os benefícios e os ganhos com a execução do projeto", revela. O contato inicial se deu primeiro para a migração da empresa para o ambiente livre, mas foi detectada essa oportunidade após um estudo de viabilidade que se mostrou vantajosa para a empresa mineira.
A falta de uma política pública para a eficiência energética e a dificuldades com financiamento são alguns dos entraves que ele coloca para o desenvolvimento das escos no país. A capacitação de pessoal adequado para identificar oportunidades também é considerada uma dificuldade. O executivo vem observando um grande aumento nas consultas à empresa. Por conta disso, ela vem realizando workshops com a comercializadora para mostrar os ganhos aferidos com ações de eficiência energética e a eventual migração para o mercado livre. Assim, ela pode atrair potenciais clientes. "Estamos indo para o mercado", destaca.