A transparência na divulgação de informações para possibilitar a construção de relacionamento com os públicos-alvo foi a principal linha condutora que permeou as discussões entre líderes de grandes empresas, especialistas em comunicação empresarial, durante o 1º Encontro Furnas de Comunicação em Energia, realizado na semana passada, na sede da empresa, no Rio de Janeiro (RJ). Os executivos defenderam a adoção de uma estratégia de divulgação proativa para contrabalançar as informações negativas inerentes ao negócio. Para Lucas Queiroz, gerente de Comunicação Institucional da Cemig, que participou do painel “Pensando em marketing e a comunicação empresarial para os próximos 5 anos”, a melhor maneira é transmitir as informações de forma clara e transparente.

No painel “A interação da empresa com seu mercado e os canais de comunicação”, o discurso em defesa da divulgação de informações ganhou fôlego. “As empresas do setor elétrico estão entre os agentes que mais investem em ações ambientais, abrindo de estradas a escolas. Porém, por serem muito reativas, elas perderam a oportunidade de informar isso para a sociedade, ficando apenas com a imagem de grandes poluidoras", disse Rodrigo Ferreira, presidente do Grupo CanalEnergia, cuja percepção foi reforçada pelo CEO da Editora Brasil Energia, Celso Knoedt. Segundo ele, historicamente o setor elétrico só é notícia quando é notícia ruim. Para Knoedt, as empresas precisam se antecipar e ter uma agenda positiva de divulgação.

Os líderes também foram unânimes em ressaltar a comunicação interna como ferramenta estratégica, destacando o desafio de fazer as informações corporativas alcançarem todo o corpo funcional, desde os baseados na sede até os alocados em áreas mais remotas. O executivo da Cemig frisou a importância de a comunicação trabalhar em conjunto com o planejamento estratégico, proporcionando a disseminação da estratégia corporativa. Jordana Garcia, gerente de Comunicação e Marketing do Grupo Energisa, e Eduardo Pugnali, gerente de Inteligência de Mercado do Sebrae-SP, defenderam no evento uma reflexão sobre o conhecimento do público que utiliza as redes sociais para se comunicar com as empresas. Segundo ele, é preciso saber quem são os influenciadores, quais são as suas demandas, e construir um diálogo.