O presidente da Thymos Energia, João Carlos de Mello, informou que a demanda para o leilão A-1, marcado para 11 de dezembro, deverá variar entre 2 GW e 2,3 GW médios. Ele explicou que apesar das distribuidoras estarem com excessos de contratos de energia, por regra, as concessionárias precisam repor pelo menos 96% da energia que está sendo descontratada. A maior recomposição esperada deverá ser da AES Eletropaulo, que tem 1.250 MW médios em contratos vencendo com a AES Tietê.
"Isso vai criar um problema? Não, porque as distribuidoras estão cumprindo um regimento regulatório de reposição da energia. Se o leilão der vazio ou contratar menos, elas estão contratadas porque a soma da energia existente e nova nas distribuidoras é suficiente para atender o mercado. Mesmo a Eletropaulo não tem essa necessidade", explicou o consultor durante participação no sétimo Encontro Nacional do Mercado Livre, promovido pelo Grupo CanalEnergia e realizado na Bahia.
Mello aposta em uma venda de energia no produto quantidade (hídrica), cujo preço-teto foi fixado em R$ 149/MWh para um contrato de três anos. "Acho que aqui vai sair bastante coisa", disse. Por outro lado, os preços para o produto disponibilidade (térmico), que variam de R$ 112/MWh até R$ 167/MWh, não devem atrair vendedores. "Os preços para térmica existente estão muito baixos, talvez não tenha um apetite muito grande para esses produtos."