A Eletrobras pretende vender o controle acionário das distribuidoras até o fim de 2016. Segundo edital de convocação para Assembleia Extraordinária da companhia, que deverá acontecer no dia 28 de dezembro, em Brasília, a empresa quer adotar providências imediatas para a venda do controle acionário da Eletrobras-PI, Eletrobras-AL, Eletrobras-AC, Eletrobras-RO, Eletrobras-RR, Amazonas Distribuidora de Energia e Celg-D.
Segundo a Eletrobras, as distribuidoras do grupo precisarão, somente em 2016, de aportes de capital de R$ 3,3 bilhões, e até 2024, de R$ 18,3 bilhões para atender as metas de sustentabilidade econômico financeiras da Agência Nacional de Energia Elétrica. "Caso haja frustração no aumento da geração de caixa, poderão ser necessários aportes de capital ainda maiores pelo acionista controlador para atender às metas de nível de endividamento da Aneel", aponta a proposta de administração da companhia. Os acionistas ainda deverão deliberar sobre a prorrogação das concessões dessas distribuidoras.
Também está na pauta a venda do controle da Celg-D em leilão de desestatização a ser promovido pela BM&FBovespa, a um preço mínimo de R$ 1,4 bilhão, condicionada à renovação da concessão da distribuidora goiana e à anuência da Agência Nacional de Energia Elétrica para a repactuação da dívida da Celg-D, em moeda estrangeira, referente a Conta de Itaipu, para que seja convertida em moeda nacional, com remuneração mensal pela variação da taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia e pagamento no prazo máximo de 120 meses.