A Associação Brasileira de Energia Eólica participou na última quarta-feira, 25 de novembro, da assinatura do acordo de cooperação com o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – Pronaf Mais Alimentos, desenvolvido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. O programa tem como objetivo financiar investimentos em infraestrutura produtiva para a agricultura familiar, a partir do financiamento de equipamentos para geração de energia elétrica no campo. A Associação Brasileira de Energia Solar também participa da iniciativa.
Com taxas de juros do programa variando de 2% a 5,5% ao ano, com até três anos de carência e prazos de até dez anos para pagar, o programa se torna atrativo. A iniciativa contempla o financiamento de projetos individuais de até R$ 300 mil e coletivos de até R$ 750 mil. A assinatura do acordo de cooperação é, também, uma importante iniciativa para a indústria eólica, que além de contribuir para o desenvolvimento do setor elétrico brasileiro, não apenas no âmbito da geração de empregos e qualificação de mão de obra, auxilia ainda no que diz respeito ao desenvolvimento da economia local, no aumento da renda da população através dos arrendamentos das terras usadas para implantação dos parques eólicos e na promoção do desenvolvimento de projetos socioambientais.
Para Elbia Gannoum, presidente executiva da Abeeólica, a contribuição social é uma das principais características da indústria eólica nacional: "Essa ajuda possibilita o crescimento exponencial da indústria eólica, pois além de desenvolver uma fonte de geração de energia limpa, renovável e competitiva, demonstra a sustentabilidade de uma cadeia produtiva que está sendo totalmente desenvolvida no Brasil", comenta.
A agricultura familiar conta com R$ 28,9 bilhões de crédito para o ano safra 2015-2016, número 20% superior à safra anterior (2014-2015). Em quatro meses da safra 2015-2016, os agricultores familiares já contrataram no Pronaf mais de R$ 9,1 bilhões. Com a realização deste acordo poderão ser financiados, também, projetos de geração distribuída de energia eólica e solar nas unidades familiares de produção com apoio do Mais Alimentos, proporcionando geração de energia elétrica de forma descentralizada nas diversas regiões do país.
De acordo com Elbia, a parceria entre a indústria eólica e o Ministério do Desenvolvimento Agrário no Pronaf é a demonstração do compromisso dos investidores com as comunidades. Atualmente, a fonte eólica representa cerca de 6% da matriz elétrica brasileira, com 8,1 GW de potência instalada. Apenas em 2014, a indústria foi capaz de gerar cerca de 40 mil empregos no país em um momento em que a economia brasileira se encontrava em desaceleração.