O resultado do leilão das 29 usinas relicitadas nesta quarta-feira, 25 de novembro, garantiu a integralidade de arrecadação do governo federal em termos do bônus de outorga que somará R$ 17 bilhões. Diante do deságio médio de 0,32% o preço médio da energia negociada passou de R$ 125,34/MWh e passou para 124,88/MWh. Apesar disso, o governo não acredita na elevação do custo para o consumidor mesmo diante de um valor de cotas que era praticado na casa de R$ 36/MWh.
A explicação é que essa energia entrará no mix de contratação das distribuidoras e que substituirá outros acordos que estão sendo finalizados e que possuem a mesma ordem de grandeza em termos de custos para o mercado regulado. Na prática, comentou o diretor da Aneel José Jurhosa Júnior, o valor desses contratos não serão maiores que os atuais para o custo da energia ao ACR mas que sem o bônus de outorga poderiam ser menores do que os obtidos com esse leilão que cobrou o bônus.
“Se fosse igual ao leilão de Três Irmãos seria apenas o valor de O&M que ficaria próximo a R$ 35/MWh”, comentou ele. “Não será um valor maior do que já se paga hoje, nem menor, mas poderia ser se não tivesse essa política do governo de exigir uma bonificação de outorga”, acrescentou ele.
A chefe da assessoria econômica do Ministério de Minas e Energia, Marisete Pereira, comentou que o valor da energia levou em conta o portfólio das distribuidoras para a cobrança da outorga. Com isso, a perspectiva do MME é de que não haja impacto sobre a tarifa no ambiente regulado.