O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, descartou a possibilidade de adiamento do leilão das 29 concessões de usinas hidrelétricas existentes, em razão do atraso na votação do projeto de conversão da Medida Provisória 688 no plenário do Senado. "Nós não temos mais como adiar. Vamos fazer o leilão consciente de que as empresas já apresentaram suas inscrições, suas garantias financeiras etc", afirmou nesta quinta-feira, 19 de novembro, antes de participar de cerimônia na Agência Nacional de Energia Elétrica. O certame está marcado para a próxima quarta-feira, 25.

Segundo Braga, a votação no Senado deve acontecer na próxima terça-feira, 24, véspera do leilão. O ministro explicou que  os senadores poderiam ter aprovado o projeto essa semana, mas as reuniões do Congresso na terça e quarta-feira, 17 e 18, comprometeram o quórum e não teve número suficiente de parlamentares em plenário para votar nesta quinta. O texto ainda terá de ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff e publicado no Diário Oficial da União.

Questionado sobre a possibilidade de um eventual adiamento  do certame impedir a contabilização pelo Tesouro ainda este ano de R$ 11 bilhões dos R$ 17 bilhões previstos com o pagamento das outorgas, Braga disse que esta não era uma de suas preocupações. "A nossa preocupação é cumprir um cronograma que envolve muitos agentes e muitos players do  setor. Então, é preciso que nós possamos cumprir o cronograma."