A Cesp calcula que deixará de receber esse ano R$ 1,2 bilhão em decorrência do GSF. A maior parte desse valor foi verificada no primeiro semestre do ano quando a companhia ainda estava com a concessão das UHEs Ilha Solteira e Jupiá. Esses valores foram estimados com base no valor do PLD para este ano caso a empresa tivesse conseguido liquidar os cerca de 700 MW médios que estavam descontratados na primeira metade do ano e os 300 MW médios de julho a dezembro no mercado de curto prazo.
“No primeiro semestre do ano sobrava para a liquidação no mercado spot cerca de 700 MW médios e essa sobra foi absorvida fortemente pela aplicação do GSF. Deixamos de vender o equivalente a R$ 1 bilhão no primeiro semestre”, afirmou o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da empresa, Almir Martins. No ano, a perspectiva é de esse valor se eleve a R$ 1,2 bilhão pois ainda há pouco menos de 300 MW médios livres de um total de 1.700 MW médios que estão sob contrato na Cesp.
Para o último trimestre do ano, a Cesp espera um GSF de 93%. Como há sobras, 150 MW médios poderiam ser consumidos pelo ajuste do MRE na empresa, caso o deficit hídrico se comporte da forma que está projetado na geradora. Nesses últimos três meses do ano, a estimativa é de que se perca uma oportunidade de venda de R$ 50 milhões. Contudo, a empresa afirma que a expectativa é de pelo menos não ficar exposta ao mercado de curto prazo.