A Cemig está se preparando para disputar o leilão das 29 usinas que serão relicitadas no dia 25 de novembro. O alvo da empresa são as UHEs que estavam sob sua concessão e que não tiveram os contratos renovados no âmbito da MP 579. Esses ativos estão concentrados no Lote D que tem quatro sublotes, por possuir o maior número de usinas na disputa com 18 centrais sendo que 13 dessas são diretamente operadas pela subsdiária Cemig-GT.
O diretor de Relações Institucionais e de Comunicação da empresa, Luiz Fernando Rolla, afirmou em teleconferência com analistas e investidores que a companhia está se preparando para fazer a oferta pelos ativos que já operava. Esse conjunto de usinas soma 677,2 MW de capacidade instalada de um total de 699, 5 MW de todo o lote. Somente a UHE Três Marias representa mais da metade desse volume.
A empresa ainda não tem o modelo exato para o financiamento para o pagamento do bônus de outorga que para todo o lote D é de R$ 2,216 bilhões, e como Três Marias é a maior tem o valor mais elevado com R$ 1,260 bilhão. “Com relação ao financiamento de nossa participação no leilão ainda estamos em conversas, não temos o modelo exato e esperamos fechar até o final desta semana”, afirmou o executivo da Cemig.
Sobre a disputa na Justiça quanto as outras três usinas (Jaguara, Miranda e São Simão), Rolla lembrou que a Cemig ajuizou ação no caso da UHE Jaguara no Supremo Tribunal Federal e que já há um despacho do ministro relator, José Dias Toffoli. Segundo reportou Rolla, o ministro do STF indicou que a questão poderia ser resolvida por meio de negociação. Esse posicionamento, classificou o executivo da Cemig, “é um bom encaminhamento em nossa visão”.