Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 10 de novembro apontam redução de 4,9% na geração e de 5,5% no consumo de energia elétrica no país, comparados ao mesmo período de 2014. As informações estão na mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, que traz dados de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
 
Nas duas primeiras semanas de novembro, foram gerados 61.034 MW médios de energia, que foram entregues ao Sistema Interligado Nacional. As usinas eólicas, mais uma vez, se destacaram pelo crescimento de produção. Com a geração de 3.357 MW médios, registrou crescimento de 66,5% em comparação ao mesmo período no ano passado. Já as usinas hidrelétricas tiveram queda de 4,1%, produzindo 42.070 MW médios. A representatividade da fonte, em relação a toda energia gerada no país, foi de 69%, índice superior aos 68,3% de 2014.
 
O consumo de energia somou 58.646 MW médios com redução no mercado cativo, no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, e no Ambiente de Contratação Livre, no qual consumidores compram energia diretamente dos fornecedores. Foram consumidos 44.948 MW médios no cativo, o que indica uma retração de 4,3%. Já entre os agentes livres, o montante foi de 13.698 MW médios, ou seja, 9,3% inferior ao consumo no mesmo período de 2014.

Dentre os segmentos industriais que adquirem energia no ACL, lideraram a redução de consumo os setores de veículos, com queda de 22,8%, saneamento, que caiu 21%, e têxtil, com recuo de 17,5%. Outras atividades também registram queda acima de 10% no período, como manufaturados diversos, transporte e bebidas, que recuam 14%, 10,9% e 10,7%, respectivamente. Apenas o setor de extração de minerais metálicos apresentou aumento, com um acréscimo de 7,5%.

A análise dos dados de agentes autoprodutores, ou seja, empresas que investem em usinas próprias devido à grande demanda por eletricidade, aponta queda de 5,1% na geração e de 11,6% no consumo. No entanto, alguns setores registraram índices positivos, como o químico, que cresceu 79,6%, e o de madeira, papel e celulose, que subiu 79%, enquanto o ramo de transporte e de metalurgia apresentaram as maiores quedas, com reduções de 25,2% e 23%, respectivamente. O InfoMercado Semanal também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia gerem, na segunda semana de novembro, o equivalente a 91,1% de suas garantias físicas, ou 41.764 MW médios em energia elétrica.