A CPFL Energia obteve lucro líquido de R$ 280 milhões no terceiro trimestre, aumento de 188,5% na comparação com o mesmo período de 2014. O resultado do grupo foi impactado positivamente pela expansão dos ganhos no segmento de geração e pela melhora do resultado financeiro líquido. No acumulado do ano, a CPFL teve lucro de R$ 513 milhões, com alta de 23%.
O ebtida da companhia teve alta de 25,6% no terceiro trimestre ante igual período de 2014, para R$ 1,08 bilhão. A geração convencional contribuiu com R$ 82 milhões para essa expansão, fruto do melhor desempenho das térmicas da Epasa e da estratégia de sazonalização das usinas do grupo, e a CPFL Renováveis, com outros R$ 78 milhões. A distribuição acrescentou R$ 43 milhões, refletindo, entre outros itens, uma expansão das despesas gerenciáveis abaixo da inflação. O ebtida do ano chegou a R$ 2,745 bilhões, 13,5% maior que em 2014.
A receita líquida do Grupo aumentou 17,5% em igual intervalo de comparação, para R$ 4,72 bilhões. Esse crescimento é resultado da incorporação dos ativos financeiros, pela expansão dos resultados da área de geração e pelo aumento das tarifas de energia das oito distribuidoras. No ano, a CPFL teve receita líquida de R$ 14,652 bilhões, 28,2% acima do ano anterior.
A expansão da receita líquida ocorreu a despeito da queda de 5,3% no volume de energia consumido nas áreas de concessão das oito distribuidoras do grupo, localizadas em São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais, passando de 14,516 mil GWh para 13,749 mil GWh. As vendas do mercado cativo recuaram 5%, para 9,877 mil GWh, e o volume faturado dos clientes livres pela Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição diminuiu 5,9%, totalizando 3,872 mil GWh. O consumo industrial caiu 7,4%, como consequência da desaceleração da economia. O consumo dos clientes comerciais e residenciais caiu 2,9% e 5,1%, respectivamente.
No terceiro trimestre, a CPFL Energia investiu R$ 219 milhões em seus negócios, queda de 7% em relação aos R$ 234 milhões aportados em igual período de 2014. Do valor total, foram destinados R$ 192 milhões para o segmento de distribuição, R$ 13 milhões para os projetos de geração e R$ 13,5 milhões nas áreas de serviços e comercialização. No acumulado dos nove primeiro meses de 2015, o valor total investimento pelo grupo foi de R$ 931 milhões, alta de 24%.