A EDP paralisou de forma preventiva a operação na UHE Mascarenhas (ES, 198 MW) que fica localizada no rio Doce em decorrência do acidente na semana passada com duas barragens da Samarco, que despejou bilhões de metros cúbicos de lama de rejeitos de mineração no curso e que está próximo do estado. Segundo a empresa, para não comprometer o funcionamento das turbinas, até que a lama seja dispersada, a água será desviada para o vertedouro e seguirá o curso do rio. A paralisação, acrescentou não influencia o abastecimento de energia elétrica para os clientes, uma vez que a concessionária do Grupo, faz parte do Sistema Interligado Nacional.
No segmento de distribuição, a companhia que é a controladora da concessionária Escelsa não reportou impacto no fornecimento de energia para o estado. Contudo, a tendência é de que a demanda recue nos próximos meses em termos de volume transportado porque a Samarco possui uma unidade de produção em Anchieta que recebe a produção mineral da localidade onde ocorreu o acidente. Contudo, a EDP afirma que como há no contrato uma cláusula de demanda, a empresa tem que manter a contratação, pois a concessionária vendeu a disponibilidade da rede para o transporte da energia.
O CEO da empresa, Miguel Setas, afirmou ainda que o gestor operacional da Escelsa está no centro de gestão que fica no estado e que a lama deverá chegar à central de geração em uns dias. E ressaltou que a empresa esta participando do plano de crise que é coordenado pelo governador capixaba, Paulo Hartung.