O presidente da CPFL Renováveis, Andre Dorf, disse que a companhia está avaliando a participação em todos os leilões daqui para a frente. No momento, no Leilão de Energia de Reserva, que acontece na próxima sexta-feira, 13 de novembro, e no leilão de UHEs existentes, marcado para o dia 25 deste mês. Segundo ele, a decisão de participação passa pela avaliação de preços, funding e também volatilidade da moeda.
Dorf comenta que os preços-teto para o LER, de R$ 381/MWh para solar e de R$ 213/MWh para eólica, melhoraram se comparado com a média de preços dos últimos leilões. "Mas isso não aconteceu por acaso, reflete as condições de contorno que seguem bastante desafiadoras", aponta. O executivo ressalta que tanto os aerogeradores como os painéis solares tem componentes em moeda estrangeira e que o risco da volatilidade da moeda precisa ser analisado. Para o leilão de UHEs existentes, o foco da companhia seria nas PCHs.
Dorf comentou ainda que a CPFL Renováveis tem um pipeline de 3,5 GW a ser desenvolvido nos próximos anos. Atualmente, a empresa tem em operação 1,8 GW distribuídos em 81 usinas. Outros cinco projetos estão em andamento e adicionarão 330 MW: Complexos eólicos São Benedito e Campo dos Ventos, cuja energia será destinada ao ACL; Complexo Eólico Pedra Cheirosa, que vendeu energia no leilão A-5 de 2013, assim como a PCH Velha Mata; e a PCH Boa Vista II, cuja energia foi vendida no leilão A-5 deste ano. "A empresa segue querendo investir nas quatro fontes, PCH, eólica, solar e biomassa", declarou.
GSF – Nos primeiros nove meses do ano, a empresa teve um gasto com GSF de R$ 98,7 milhões. No mesmo período de 2014, segundo Dorf, o valor havia atingido R$ 58,3 milhões. No terceiro trimestre, segundo ele, os valores caíram na comparação com 2014, totalizando R$ 10,5 milhões, ante R$ 35,9 milhões do mesmo período de 2014.
Ele disse ainda que a CPFL Renováveis está avaliando a proposta de repactuação do risco hidrológico e que deve se manifestar até o dia 4 de dezembro. A empresa possui 38 PCHs em operação.