A State Grid Brazil Holding afirma que ainda espera um sinal mais claro da controladora chinesa sobre os aportes para os segmentos de geração e distribuição no país. A perspectiva de aportes de R$ 15 bilhões da empresa não seria o suficiente para que a companhia aportasse os valores nos atuais projetos de transmissão dos quais participa mais o bônus de outorga pedidos pelo governo federal para as UHEs Ilha Solteira e Jupiá que são os ativos que mais interessariam a investidora chinesa.

Segundo o vice presidente de O&M da empresa, Ramon Haddad, a relicitação teve um prazo muito curto para que se forme uma parceria. Por isso se a chinesa entrar na disputa será de forma isolada. Esse fator levaria à necessidade de um aporte de R$ 13 bilhões para a outorga dessas duas centrais. Atualmente os valores envolvidos nos investimentos da companhia no país passam por R$ 7 bilhões no segundo bipolo da UHE Belo Monte (PA, 11.233 MW) mais os aportes no  primeiro bipolo que está na casa de R$ 2,5 bilhões, além dos cerca de R$ 9 bilhões já investidos no Brasil desde que a companhia aportou por aqui.

“Dependendo do negócio podemos ter autorizações extras da China”, disse ele em referência ao aumento dos investimentos no Brasil. “Fizemos visitas a usinas, mas não uma due dilligence. No momento trabalhamos com as duas maiores mas sem descartar os outros lotes, contudo ainda não estamos profundamente envolvidos porque precisamos de sinais claros da matriz”, reforçou após participar do 1º Encontro dos Altos Executivos do Setor Elétrico.

Haddad disse que a chinesa ainda olha para ativos de distribuição no país como forma de crescimento. O primeiro alvo pode ser a Celg-D, mas não mencionou diretamente a companhia goiana. Disse que a primeira a ser colocada à venda será avaliada. Na China a State Grid é a maior empresa do setor elétrico daquele país atuando, prioritariamente em transmissão e distribuição, além de uma pequena parcela de geração.