Com os funcionários em greve desde a meia noite desta segunda-feira, 9 de novembro, a Companhia Energética de Brasília informou que não tem como conceder reajustes salariais no momento, sem agravar ainda mais a situação econômico-financeira da empresa e prejudicar os investimentos na rede de distribuição do Distrito Federal. Em nota à imprensa, a concessionária afirmou que a diretoria da CEB mantém os canais de negociação abertos com os eletricitários, para que a paralisação seja encerrada “no menor espaço de tempo possível.”

A greve por tempo indeterminado foi aprovada em assembleia na última terça-feira, 3. Os trabalhadores da CEB pedem a reposição da inflação dos últimos 12 meses e 1,5% de ganho real. Ele acusam a direção da empresa de propor a retirada de direitos e benefícios.

Segundo a nota, a diretoria tem informado aos trabalhadores desde o início do ano sobre a situação econômico-financeira da companhia e sobre as medidas de saneamento necessárias.  A empresa garante também que “está envidando todos os esforços para que todos os serviços à população sejam, na medida do possível, mantidos durante a greve, principalmente os chamados de emergência.”

Na semana passada, o Sindicato dos Urbanitários no Distrito Federal  afirmou que os trabalhadores assumiram o compromisso de manter os serviços essenciais e um número mínimo de profissionais em serviço, conforme previsto na lei, para que a população não seja prejudicada. Os sindicalistas dizem ter participado de cinco rodadas de negociação, sem conseguir fechar um acordo com a direção da CEB.